Yemanjá

Data da oficina - 04/05/2024 das 9h às 12h
Local - Av. Lagedao 433 • Cidade Soberana • Guarulhos • SP

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A mãe de todos

Compreende o sexto ciclo da mulher, dos 35 aos 42 anos de idade.


A mãe que compreende, releva e reencaminha os filhos quantas vezes for preciso. É com ela que vamos aprender sobre tolerância e compreensão.





Trocando em miúdos


Yemanjá (no iorubá Yèyé omo ejáYemọjá na NigériaYemaya em Cuba, ou ainda Yemanjá ou Yemonjá no Brasil) é o orixá africano do povo Egba, divindade originalmente associada aos rios e desembocaduras (águas doces e salgadas).

Seu culto principal situava-se em Abeokuta e outros povoados na beira do rio Ògùn de onde manifesta-se em qualquer outro corpo de água. É também conhecida no Brasil pelos epítetos Iyá Ori, Mãe d'água, Rainha do Mar, Sereia, Inaê, Aiucá, ou Maria princesa do Aioká, sendo, por vezes, confundida com o Nkisi Ndanda Lunda e a entidade Mami Wata. É conhecida popularmente como Dona Janaína.

É identificada no jogo do merindilogun pelos odus Irosun e Ossá e representada no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba yemanja. Manifesta-se em iniciados em seus mistérios (eleguns) ou médiuns através de possessão ou transe, ato em que os orixás nas palavras de R. S. Barbara: "vem para dançar e mostrar os seus poderes, representando em gestos suas ações míticas".

  • Dia da semana: sábado
  • Fio de conta: transparente de cristal branco
  • Ponto de domínio na natureza: mar
  • Flores: rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas
  • Pedras: pérola, água marinha
  • Metal: prata
  • Animais: peixes, cabra branca, pata ou galinha branca
  • Incompatibilidades: poeira, sapo






Sincretismo religioso


No sincretismo religioso, Yemanjá tem identidade correspondente a outros santos, como na igreja católica é Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e a Virgem Maria.

Em cada lugar do Brasil Yemanjá é festejada, mas as datas diferem de um lugar para outro. No Rio de Janeiro seu culto é festejado no dia 31 de dezembro, junto a passagem de ano, ondes os devotos oferecem presentes: velas, espelhos, pentes, flores, sabonetes e perfumes… na esperança de que ela leve todas as tristezas, problemas e aflições para o fundo do mar e traga dias melhores. Na Bahia sua data é comemorada no dia de Nossa Senhora das Candeias, 2 de fevereiro. Venerada nos candomblés da Bahia, recebe muitas homenagens e oferendas.

Yemanjá também é conhecida como deusa lunar, rege os ciclos da natureza que estão ligados a água e caracteriza a “mudança”, na qual toda mulher é submetida devido a influência dos ciclos da lua.

Mãe de quase todos os órixas, é a deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.

Casada com Oxalá, Yemanjá é o arquétipo da maternidade. Outras vezes Yemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo.





Dizem por aí que Yemanjá é assim:


“... Yemanjá é dona de rara beleza
E como tal, mulher de caprichos e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar e veio à terra
Em busca do prazer da carne....
...mas o pescador era apenas humano e morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Yemanjá devolveu o corpo a praia.
... Elas levam para o mar muitos presentes, flores, espelhos e perfumes,
Para que Yemanjá mande sempre muitos peixes e deixe viver os pescadores.”

Mitologia dos Orixás (Reginaldo Prandi), pg 391


Mas eu conheço essa aqui:


“...Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar, junto a terra,
Ali tomou seu reino Yemanjá...
O fogo que consumia na superfície do mundo eles apagaram e com suas cinzas
Orixá Ocô fertilizou os campos,
Propiciando o nascimento das ervas, frutos, árvores, bosques, florestas, que foram dados e cuidados de Ossaim.
...Quando tudo estava feito e cada natureza se encontrava na posse de um dos filhos de Yemanjá, Obatalá, respondendo diretamente às ordens de Olorum, criou o ser humano.
E o ser humano povoou a terra.
E os orixás pelos humanos foram celebrados.”

Mitologia dos Orixás (Reginaldo Prandi), pg 380







E agora...


De coração calmo, com um longo caminho já percorrido, podemos nos dedicar aos “filhos”. Sejam eles descendentes, companheiros ou amigos: como filhos serão tratados.

Serão acolhidos nos seus braços que agora recebem a influência da força da mãe de todos.


"Yemanjá era uma rainha poderosa e sábia.
Tinha sete filhos e seu primogênito era o seu predileto.
..... acusaram-no de haver planejado a morte do pai, o rei, e pediram ao rei que o condenasse a morte.
..Yemanjá Sabá explodiu em ira.
Tentou de todas as formas livrar seu filho da sentença, mas os homens não ouviram suas súplicas.
...E da água doce a humanidade não mais provaria. Assim fez Yemanjá.
E a primeira humanidade foi destruída.”

Mitologia dos Orixás (Reginaldo Prandi), pg 386


Ser mãe não é apenas ser doce e acolhedora. Também é ser dominadora e vingativa.

Educar a vontade, a força e principalmente a fúria, seria muito bom nesta época.

Carregar a energia de Yemanjá e ser uma onda, capaz de apenas levar os peixes ao encontro dos que precisam de alimento... ou destruir uma nação inteira.


*Refs.:

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